quinta-feira, 3 de março de 2011

Guerreiro. Apelido ou DNA?

Bom dia!!!
Hoje eu não estou nem um pouco incomodado, de meu comentário a ser publicado terça-feira haver misteriosamente desaparecido.
Hoje, estou com a sensibilidade a flor da pele.
E vou contar uma história. Por incrível que pareça é a mais honesta realidade!
E, serve como exemplo, aqueles que estão iniciando a vida. Um pouco diferente do meu tempo. Hoje, os casais tem uma vida incomum, cada qual na sua casa. Não existe namoro, noivado, casamento. Existe uma convivência  em cumplicidade. Hoje o sexo não é necessidade é finalidade. E os filhos? O governo cria com o trabalho dos outros.
Mas, reporto-me aos anos 70. Ao romantismo da época... A força da época... Ao caráter da época.
Havia um casal, que era chamado o Casal 20 em alusão ao seriado de Televisão.
Casaram-se mesmo com “os narizes torcidos das duas famílias”
O casamento, havia sido realizado em uma igrejinha. Não porque não pudesse ser realizado em uma grande Basílica. A desejo dela, pois, estavam começando uma vida.
Ela, jamais permitia intromissão de seus irmãos em sua vida. Assim como ele. Afinal, nenhuma das duas famílias tinha alguma coisa que pudesse acrescentar a esse casal.
Entre as lutas e as economias (os casais daquela época, o homem trabalhava e, a mulher, educava os filhos e economizava, por isso criavam filhos e, não débeis mentais).
Então, no ano de 1979, o Casal vinte engravidou pela segunda vez. Sim. O casal engravidou.
Porque os dois engravidavam juntos. Quem ficava com os enjôos, as tonturas e os desejos, era ele, tão ligados eram.
E, naquele ano tudo corria muito bem! Ele recebera uma promoção profissional razoável em maio e ao final do ano alem da notícia da gravidez ele havia recebido uma condecoração da empresa que trabalhava. Um mimo que mais de cem mil funcionários que passaram pela Empresa entre 1965 até 1979 almejaram e não receberam. Funcionário Destaque de Região. Uma Região que ia da Divisa do Estado do Paraná ao Estado do Rio de Janeiro, abrangendo todo o litoral!!!
E, só oito haviam recebido! Ele era o nono! Alem de ter conquistado o sonho da casa própria!!!(Naquele tempo o homem ganhava a casa própria trabalhando e, não tomando um terreno em área proibida esperando uma catástrofe para ganhar a casa da Prefeitura, ou do Estado). Um sonho difícil de ser sonhado e, sequer imaginado!!!
Um tombo. Um escorregão em um tapete da cozinha, mudou a vida do casal durante essa gestação, a partir daquele instante.
Mas, nada atingia este casal! Nada os atingia, porque mais unidos nas adversidades.
Ele, tinha certeza absoluta que era a filha desejada pelo casal, embora, sendo um casal a antiga, jamais estragariam a surpresa com um ultrassom qualquer.
Porque, se ele conversava e beijava o feto na barriga da mãe e o feto reagia com sinais?
E foi uma gestação desejada, tanto quanto sofrida! E, valeu a pena!!!
As inúmeras vezes que entraram em hospital, já em trabalho de parto com cinco, seis, sete meses de gestação para conter esse trabalho. E o bebê veio a luz com oito meses. E era um bebê de luz!!!
Caberia na caixa do sapato do pai e, talvez, sobrasse espaço. Os médicos queriam que o bebê ficasse internado, prematuro que era de tempo e de peso.
Ela, sabendo que cuidaria, por amor, muito melhor que a medicina, levou intransigente o bebê para cuidar em casa. E cuidou muito bem! Uma criança com a saúde débil, até os seis anos de idade.
E, as vezes, ele chegando em casa, encontrava-a, ajoelhada ao lado do berço, com o pequeno Mauro ao lado e, ela em prantos, perguntava:
-"O que aconteceu?"
E ela respondia:
Me disseram hoje:
-"Não se aborresse com o que vou dizer. Tua filha é linda! Mas, se conforme. Esse bebê não vai "vingar"!
Ao que ele respondia:
-"Não ligue. Ela é um Bastos. Tem o meu sangue! É uma sobrevivente! E vai continuar linda!E, um dia, vai ser o nosso orgulho!!!"

Essa criança foi crescendo. E, como era um bebê de luz, superou os problemas de saúde. Nunca causou qualquer problema aos pais. Na escola, na família, na vida. E, tornou-se Mulher. Igual a mãe. Uma mulher forte. Com caráter, com dignidade!
Uma mulher como poucas de hoje.
Mais! Uma Mulher, ímpar! Sem igual! Uma mulher de LUZ! Uma Princeza! Digna dos melhores reinos e 
os melhores condados! Talvez, hoje, arrancaria lágrimas de amor e orgulho do “seu Odilon Rodrigues e do seu Zé Bastos”seus avós. Forjada na mesma têmpera! Na têmpera dos GRANDES!
Hoje estou sensível. Só posso agradecer a Deus esta dádiva com que foi presenteado, sem jamais ter merecido!
Hoje, essa Mulher completa trinta e um anos de idade. E com orgulho vos apresento minha FILHA!!!
Obrigado, minha filha!!! Por esses trinta e um anos de alegrias e superações!
Obrigado por executar com tanta perfeição, o segundo mandamento escrito por DEUS, na pedra de MOISÉS. Que DEUS Abençoe esta tua maravilhosa vida e exemplo!!!
E vou parar por aqui, ou vou acabar chorando emocionado! Como estariam emocionados seus avós o "seu" Zé e o "seu" Odilon, se aqui estivessem entre nós!
Afinal, um Guerreiro, não chora!!! NEM POR AMOR!
E eu sou o Guerreiro!!!
Ora, Bolas!
(escrito nas primeiras horas da madrugada de 02 de Março de 2011)

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