quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Aniversário da Nossa Grande Mãe Universal

Bom dia!!!
Hoje, quero homenagear as minhas duas Terras-Mãe. Uma aniversariou ontem, dia 25 a Grande Mãe Universal, São Paulo. Tão amorosa e Generosa quanto incompreendida, sofrendo da ingratidão daqueles que acolheu e agasalhou. Hoje dia 26, homenageio o aniversário de minha Terra-Mãe-de-Nascimento. A pequena e aconchegante Santos, dos Gusmões, dos Andradas, dos Felicianos Pinheiros.
Quando criança, intrigava-me a aproximação, a ligação quase umbilical entre estas duas Terras. Nascido em Santos, sempre pés descalços e sem camisa até aos meus dez anos com short de pano, aproveitado de algum vestido de minha mãe ou calça de meu pai, feito por minha mãe na velha máquina de costura Noiva.
Por que os paulistanos gostavam tanto de banhar-se nas águas do Embaré, Boqueirão, Gonzaga e José Menino. Por que o santista queria logo ficar adulto, para subir os 1200 metros de altura que os separava do Planalto, São Paulo.
Mais tarde, através do estudo da formação das duas cidades fiquei na dúvida de quem era a Mãe e, quem era a filha. Esta ligação quase xipófaga, reservarei uma publicação especial, traçando um paralelo da criação e formação das duas cidades onde as histórias verdadeiras se fundem como uma só.
São Paulo, o quarto maior aglomerado urbano do Mundo. A segunda maior cidade do hemisfério sul. Única cidade do Mundo onde unem-se pelo matrimônio, Judeus e Palestinos, Japoneses com  Chineses, Sérvio e Croatas, Russos e Chechenos, ... Não só!!! Ao final da tarde, são encontrados em conversas e sorrisos fraternos, vizinhos, sentados nos mesmos bancos das Praças e Jardins, inimigos mortais em sua Pátria de origem.
Quando Deus percebe um ser humano, perseguido por suas posições firmes, injustiçado por suas convicções e por seu caráter, começa a entregar-lhe em dualidade o melhor que possa existir no Universo. Foi assim, ao iniciar a década dos anos setenta, deu-me a segunda Mãe, Sra. Alice, através de meu matrimônio. Achava muito engraçado quando flagrava uma com ciúme da outra. Por que uma ganhara um carinho a mais na frente da outra.  Sentia-se, uma mais meiga, reagir com tristeza. A outra, com o gênio mais forte e dominante, reagia com certa conotação de furor, se atribuindo mais direito por ter-me dado à luz, ali na velha Beneficiência Portuguesa, a 50 metros do Estádio da Briosa. Uma Mulher que vale por duas e, filhos e netos que só merecem ser o motivo de meu orgulho.
Assim, também, deu-me filhos que não os fiz, mas, compartilham o meu dia-a-dia.
Nas duas semanas que estive acamado e longe da família, preocuparam-se com minha saúde, acomodação, alimentação e assistência. Flávio, Daniel, Paulo e Elias foram os filhos que não são de sangue, já que evitei o contato com minha família por estar distante e não querer preocupá-los, mas, que Deus, não o Mundo, deu-nos.
Minhas Terras-Mãe, qualquer uma das duas. Por isso, dói-me, gente, que cá chega “sem eira, nem beira”, com fome, desempregado, sem teto. É acolhido, seja migrante ou imigrante, empregado e bem tratado, que quando mal sobem o primeiro degrau, acham-se no direito de maltratar, achincalhar com uma ingratidão sem limites à terra que os acolheu. E mais, dão-se ao luxo de proferirem a heresia que terra boa era a deles!!! Se era, o que vieram fazer em São Paulo?!! A cidade penhorada agradece a esses mal - agradecidos que retornem imediatamente, seja no Brasil, ou no exterior, à sua Terra Natal.
Como posso esquecer minha chegada pela primeira vez a São Paulo? O Paizão, o português, Sr. Antonio, da Padaria da Praça Clóvis Beviláqua, hoje extinta. Ou, do espanhol, Sr. Rodrigues, cujo nome de seu Hotel familiar, demonstrava sua atitude, o Hotel do Papai Rodriguez, de frente a Rodoviária da Duque de Caxias.
Entre as muitas idas e vindas, jamais pude separar-me das duas. Uma, São Paulo, a acolhida, a oportunidade, os horizontes abertos. Santos, a Paz. Onde a lua cheia, vem banhar-se nas águas do Mar no Palco das Areias, sob os refletores das estrelas e pirilampos, em águas mornas, ternas, fascinantes, assim, que as cortinas das nuvens abrem para início do espetáculo, como descrevi em poema, quarenta anos atrás.
Aborrece-me o fato de alguns povos, migrantes ou imigrantes, do alto de sua ignorância arrogante, que venham hoje se arvorar em construtores de São Paulo... Mentira!!! São Paulo, já era a cidade que mais crescia no Mundo, ao início do século passado. E, esses povos nem sabiam onde ficava a cidade de São Paulo e, sequer haviam nascido. A primeira favela de São Paulo, a do Vergueiro inicio-se próximo a 1958. Conheci pouco depois e a cidade ainda era um Imenso Jardim, muito diferente da São Paulo violenta, fria, feia, mal projetada e suja, como são hoje os bairros de subúrbio.
Se declaro hoje, meu amor a Santos, minha Terra Natal, também declaro hoje, como declarava para as duas Alices:
 “-Santos, meu amor.”
“-São Paulo, eu te amo.”
Ora, bolas!!!

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Pacotão de Despedida

Boa noite!!!
Embora de Férias auto-premiada, da Coluna (afinal, se os Deputados e Senadores, regiamente pagos com os nossos impostos, acham-se no direito de auto-premiarem-se com cinco dias por semana, férias de sessenta dias no meio do ano e de noventa no final de cada ano) eu que não recebo dinheiro público, achei-me no direito de premiar-me com alguns dias a mais.
Mas, não estive desatento aos descalabros Nacionais. E, não é que neste final de ano, o presidente com a validade vencida, lembrou-nos os anos 70, quando pacotes Governamentais eram baixados no período de Festas e,  estabeleceu o Pacotão das Estoitices - sim, porque quando dava uma mancada por semana, os incautos e obtusos prestavam muita atenção no que ele falava, ao invés de observarem o que fazia - e resolveu chutar de uma vez o pau da barraca?
Então vejamos:
1) Não contente em deixar uma dívida pública de dois trilhões, ainda deu-se ao luxo de passear pelo Brasil a fora, às nossas expensas como se tivesse em campanha. Será candidato a presidência Nacional de algum Sindicato?
2) Depois de acusar aos que aderiram a greve de fome pela democratização de Cuba (uma Ditadura insana desde a década de 50) de traficantes do Morro do Alemão, resolveu acobertar um assassino cruel, legitimamente julgado e condenado em seu País, o Sr. Batisti, se é que dá para chamar este cidadão de 3ª categoria de Senhor.
3) Depois de três meses de Campanha, falando muito mal do ensino de São Paulo (mesmo falando bem, falaria muito mal porque seu português é horrível. Desculpem o trocadilho. Não resisti!) permitiu mais um vexame do Ministério da Educação. O Exame Nacional.
4) Não permitiu o aumento de salário mínimo porque o Brasil não tem dinheiro. Mas, através do conhecimento religioso", já que Frei Chico é seu irmão, adotou a premissa de São Francisco"...pois é dando que se recebe..." um aumento salarial escorchante para si e para o Congresso. Afinal, 133% de aumento para aposentar-se, é com certeza, o sonho de todo assalariado deste Brasil Varonil.
5)A história ainda não explicada corretamente da concessão de Visto Diplomático aos seus filhos. Chega de desfile de estoitices. E, teve mais!
Ora, estamos sem dinheiro para Saúde, para Educação, para prevenção de catástrofes. Não teremos este ano grandes investimentos em desenvolvimento, tampouco para o salário do trabalhador ou para a aposentadoria. Mas, para oba-oba...ah! isto tem!!! O político brasileiro, mal formado de caráter como é, locupleta-se com o erário público em benefício próprio e a Nação "que vá se coçar".
Não é mais possível admitir que um Presidente não saiba que em sua função, não passa de um síndico de um condomínio qualquer. Sua obrigação primeira é zelar pelo patrimônio público. Já o dispensável Congresso Nacional (que tento desde os anos 50 descobrir para que serve) é uma reunião de pessoas comuns com a função única de criar leis para benefícios comuns. Não, próprios!
A última vez que a Rainha da Inglaterra, Elizabeth Alexandra Mary of Windsor solicitou verba para reforma do Palácio de Buckingham, sua residência oficial e, isso não faz três meses, recebeu um uníssono e sonoro: -"Não. Já que é sua residência que reforme com seu soldo" - do parlamento britânico. Isto por ser o parlamento inglês, composto, salvo excessões, por figuras ilibadas da sociedade. Caso contrário, fosse como nosso Congresso, teria muito pouca moral para fazê-lo. Em nosso caso, abanar a cauda para ganhar mais um osso, é a premíssa.

Ou desperto este País, ou o perigo que espreita no horizonte será inevitável!!!
Ora, bolas!!!

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Catástrofe Nacional.

Boa noite!!!

Volto a escrever em um péssimo momento nacional.
Esperava contar como e porque não assisti a festa de posse de D. Dilma, que fiz uma breve visita ao Pronto socorro, em Santos e que aproveitei esses dias para ver meus filhos e netos. Talvez, comentasse o início das palhaçadas do Sr. Tiririca ou o absurdo aumento de salário do Sr. Lula (133%) para um País que não tem competência para aumentar 6% no salário mínimo. Enfim,coisas que para população obtusa, tornaram-se amenas no nosso dia-a-dia. Amenas para época pós festejos Natalinos e de passagem de ano.
Vão ficar para o próximo comentário.
Um espetáculo dantesco, as enxurradas em todo País,as perdas de vida às centenas, a dor dos enterros coletivos, levam-me a reflexões mais profundas e, exigem meu comentário mais ácido.
Primeiro, porque disse em comentário anterior, que não votei em D. Dilma e que sinceramente, pelo bem do País, torcia por um bom e sério Governo.
Parece que enganei-me, ou foi um desvio de trajeto. Um escorregão. A falácia começou antes que pudesse imaginar. Afinal, como dizia minha avó: - "O uso do cachimbo deixa a boca torta".
Um trabalhador não merece, por ter votado em governos demagogos, a morar no morro, em área de risco e lá criar seus filhos. O Brasil não possui um programa habitacional. A Caixa Econômica Federal como sucessora do BNH, destruído por Sarnei (pra mim é verbo) e mentor da política habitacional é um embuste. Primeiro por que está mais interessada em favorecer grandes clientes que investir em pequenos. Duvida? Já tentou alguma vez abrir conta na CEF? Se você é autônomo ou Microempresário é mais fácil abrir uma conta no Banco Real ou no Bradesco. Sem conta, não há financiamento. Sem financiamento não há casa própria. Ora, o trabalhador merece mais que palafitas, ou de ajuda oficial quando perde o pouco que conquistou com sacrifício próprio e sem nenhum apoio do Governo, embora, pague impostos sobre os alimentos, vestuário, condução e, até sobre a cervejinha, afinal ninguém é de ferro, tenha ajudado a sustentar todos os Governantes. Agora me vem D. Dilma, com a falácia do PT, dizer que a culpa é dos governos anteriores. Lembre, D. Dilma que dos últimos dezesseis anos, oito a senhora fez parte. O que a senhora e o Sr. Lula fizeram para tirar as famílias das áreas de risco?
Em que foi aplicado os dois trilhões de dívida pública que se tem notícia? Quantas casas populares foram construídas nos oito anos do governo do seu partido e, porque não foi denunciado o descaso dos oito anos do governo anterior? Se houve descaso no governo anterior, porque a senhora como chefe da casa civil não tomou providências?
Os menos avisados poderão dizer: -"Seria impossível alguém evitar o acontecimento motivado pela Natureza". Engano. Se o Trabalhador do Brasil fosse tratado com mais dignidade e menos demagogia barata, não precisaria encarapitar-se nos morros ou a beira de riachos em palafitas.Trabalhador não é sapo e nem cabrito montês. Deve ser tratado com respeito, ainda que não consiga discernir o que é ser tratado com respeito ou ser enganado por demagogos. Trabalhador, não precisa de esmola na catástrofe. Precisa respeito em qualquer tempo.

Ou desperto este País, ou o perigo que espreita no horizonte será inevitável.

Ora, Bolas.