quarta-feira, 8 de setembro de 2010

O Preço da verdade

Hoje, somente hoje, não vou escrever.
Deter-me-ei em um texto lúcido, a mim enviado por um leitor, que coincide 99% com meus pontos de vista.
É claro, tenho alguma divergência. Busquei a autora do texto e, como sou totalmente democrata (não do partido), pedi autorização da autora para publicá-lo, feliz por saber que não sou somente eu que não está cego.
Como estou aborrecido com o desaparecimento de dois comentários(sorte que havia gravado os links e já os repus em minha coluna, embora, a tecnologia ainda não esteja tão avançada a ponto de eliminar as "acessórios" que vieram junto, irei deleitar-me junto com vocês da leitura desse explêndido texto,
cuja publicação muito me honra de Ana Lúcia Amaral, em todos os aspectos, explêndido.
Meus parabéns a autora.Vamos ao texto:



-"Lula

"O preço da unanimidade"O artigo do professor Fábio Ulhoa Coelho com o título acima (1.º/9, A2), na tentativa de alertar para o enorme perigo que corremos com a tal unanimidade do atual presidente da República, acaba por reforçar uma distorção ocorrida à época da criação do PT.



Era o início da ditadura do politicamente correto.



A intelectualidade que deu origem ao PT, querendo usar um símbolo, um sindicalista, desenvolveu o discurso de que o povo só seria atendido se um deles - entendido como alguém pobre, sem escolaridade e sem chances de melhoria - viesse para um partido político e, tornando-se seu ventríloquo, conquistasse o poder.



E assim foram os anos, até que se resolveu dar uma chance ao partido que se arvorava em garantidor da moralidade de que este país tanto precisa. Dessa forma, converteu-se o esperto sindicalista em pai dos pobres e mãe dos tubarões (assim falava minha mãe sobre Getúlio Vargas...).



Lula não tem carisma, pois essa palavra não quer dizer mero reconhecimento de iguais.



Lula é a cara da população brasileira paupérrima, sem escolaridade, que lhe retira a possibilidade de melhorar de vida se não alcançar patamar mais elevado de educação, que significa ir à escola e lá permanecer até sair em condições de batalhar por um espaço no mercado de trabalho.



Lula é o que essa grande maioria pobre e sem educação gostaria de ser: dar-se bem sem ter feito esforço pessoal, mas "dado sorte".



E vemos repetir-se, até quase se converter em dogma, que Lula é carismático - que não é a mesma coisa que ser popular, o que ele é - e "sábio", o que ele não é, pois é apenas esperto como pode ser qualquer outra pessoa tão tosca quanto ele.



E não tem discurso convincente para cada plateia: É sempre a mesma pessoa chula, mas ao gosto de pessoas como ele, ou que se divertem com pessoas como ele, mas são as beneficiárias das muitas das "boquinhas" multiplicadas em seu (des)governo.



Só que não é politicamente correto falar que nosso presidente é motivo de chacota quando estadistas estão longe dele, e que ele continuará no poder por alimentar o imaginário de milhões de pessoas que querem se dar bem sem esforço pessoal.



Essa preguiça do atual presidente se espraia por toda a sociedade e em breve estaremos vivendo algo bem pior do que a mexicanização. Por essas e por outras é que nosso herói continuará a ser Macunaíma.

ANA LÚCIA AMARAL

anamaral@uol.com.br

São Paulo"

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