quarta-feira, 11 de agosto de 2010

A migração desenfreada.

 


           Bom dia!!!
          Afirmei 2ª feira que os problemas de Saúde, Educação e Segurança tem raiz muito mais profunda e que se candidatos anunciarem medidas ou perdem a eleição, ou perdem a popularidade quando eleitos.
           Na realidade, a principal causa do descalabro do trinômio, dá-se por uma migração desenfreada, despreparada e sem qualquer apoio das autoridades competentes (eu disse competentes?).
          Por que trocam uma vida aparentemente saudável e tranquila para perderem a qualidade de vida nas grandes cidades?  
          Simplesmente porque a falta de uma política para o homem do campo (para o latifundiário principalmente se político sempre existe ) obrigam esse deslocamento.
           Então vejamos: milhares de pessoas deixam anualmente suas terras para amontoarem-se nas grandes cidades de seu Estado ou nas grandes cidades de outros Estados.
            Geralmente uma aventura! Não houve programação, sem preparo a nivel técnico, não providenciaram antecipadamente moradia, escola para os filhos. Desconhecem as armadilhas das grandes cidades.
            Quando conseguem emprego imediato ( eu disse quando conseguem), vão morar de favor com algum parente ou conhecidos. Mas, isso é temporário. Logo percebem que estão incomodando, ou vão morar no segundo ou terceiro subsolo dos predios em construção, sem a mínima condição humana de habitação enquanto a família vai morar de favor. O convívio diário com a família torna-se semanal. Logo estará mudando para um pardieiro ou para favela e aí começam os problemas. A mulher arranja emprego em casa de família. E os filhos? Ou ficam com alguem que os olha ( só olha mesmo!) de favor, ou crescem abandonados. E é ai que são adotados por traficantes.
             Temos que lembrar que as verbas Públicas para projetos já foram aprovadas no ano anterior. Assim, a prefeitura local já previu por exemplo, a construção de uma escola para 200 crianças na comunidade, 20 leitos de hospital e a construção de 70 casas populares para acabar com uma favela da comunidade e um posto para 70 famílias.( Só um exercício de imaginação). Quando vai inaugurar no ano seguinte, ao invés de 70 casas já existem  200 barracos, já necessita de 60 leitos, 400 vagas em sala de aula,  um posto de saúde com muito mais funcionários e muito mais verba. Isto sem falar em  creches,  iluminação pública, água, esgoto, pavimentação e transporte.  Logo a obra já é inaugurada ultrapassada.
            O homem do campo deveria receber incentivo para ficar no campo ( não falei bolsa miséria ). Um incentivo real que lhe permitisse uma vida digna.E, se ainda assim desejasse abandonar o campo não poderia fazê-lo quando bem entendesse.Não só isso. Deveria ter controle de número de migrantes por ano, tanto para que as cidades de destino estivessem estruturadas para recebe-lo como também este migrante receber orientação técnico-profissional e se preparasse para uma nova vida. Uma preparação mínima de dois anos.
            Outro problema que surge com a migração istérica que hoje acontece é o surgimento do empresário da favela. O cidadão organiza a invasão de um terreno e, é lógico, prepara uns tres ou quatro para si, constrói barracos para alugar ou vender e retorna a terra de origem até o dinheiro acabar. Depois volta para invadir mais terras e criar mais favelas. Antes, incentiva mais migrantes, afinal, a propaganda é a alma do negócio!
             Enquanto isso, as Prefeituras são obrigadas a arrumar a todo custo, verbas para construção de moradias de acomodação de pessoas que perderam seus barracos, mas, nunca contribuiram um único centavo com o município. Em contrapartida, pessoas que sempre moraram nesses municípios, não tem direito a inscrever-se para adquirir sua moradia, ainda que tenha pago em dia aluguel a vida toda.
              De nada adianta investir em saúde se não chega água tratada na favela. Esgoto nem pensar!!! Tampouco na segurança repressiva, se não há segurança preventiva.
              Antes, investir no ser humano para que êle não abandone sua terra. Os outro problemas, comento-os  sexta feira. O resto é falácia!
              Ora, bolas!!!






3 comentários:

  1. O nosso maior problema social exposto de maneira crua! Nossas autoridades tardiamente começam a se perguntar como incêndios de grande proporção em favelas não deixam feridos! E quanto ao profissional da favela, que invade e vende seus barracos, o último prefeito de Cubatão que quis se meter nesse assunto, deve seu carro alvejado, foi baleado e quase passou dessa para melhor. E calou-se pois a voz da impunidade mais uma vez falou mais alto!

    ResponderExcluir
  2. O problema é tão grave, que chegamos a um número absurdo de mais de 150 assasinatos diários, a maioria nas grandes cidades.
    As autoridades estão perdidas, sem saber o que fazer.
    Por esta razão, é importante que sejam apresentadas soluções, como esta, que pode contribuir para a solução, ou para amenizar o problema.
    Parabéns pela iniciativa.

    ResponderExcluir
  3. Mauro e Alonso.
    Desculpem a demora da resposta. Estava aguardando os acontecimentos. A Imprensa tem registrado novos incêndios em favelas. E continuam no mínimo curiosos. A noite, sem uma explicação plausível e ninguem se machuca. Eu só gostaria de saber porque esse pessoal que veem para São Paulo construir favelas que pegam fogo e, depois, exigem que a Prefeitura e o Estado arquem com as despesasa de casa nova, NÃO CONSTROEM ESSAS FAVELAS DE AUTO-COMBUSTÃO EM SUA TERRA NATAL PARA PRESSIONAR O GOVERNO DE QUEM TEM OBRIGAÇÃO COM ELES. Já não chega S.Paulo contribuir com 41% da arrecadação Nacional e enviar tanto dinheiro ao Governo Federal e ainda ter de aturar, Presidente da Reública falando que faz tudo? Chega. Nosso Estado está cansado de sustentar esse País!

    ResponderExcluir