segunda-feira, 24 de março de 2014

Não venha a Copa de Futebol 2014 ao Brasil - Parte II

"Fique certo que nenhum Dantas se amedrontará nem se humilhará diante vosso capricho... Sou forçado lembrar, sem estardalhaço tão do agrado do vosso temperamento teatral, que felizmente tendes filhos, e juntamente com eles respondereis pelo que sofrer a minha família."  

(de um telegrama de João Dantas a João Pessoa).

João Duarte Dantas * 12/06/1930.
                               + 06/101930 ( assassinado por ordem de Getúlio Vargas, na prisão).


Boa noite!
O tempero para que o Brasil se tornasse um País violento, sem lei, sem respeito, promíscuo, corrupto e sem disciplina ainda não estava pronto. Ao tempero juntaram-se Evaristo Arms Cardeal da Igreja Católica e um Jurista cuja inteligência ímpar e conduta pessoal impecável são tão enormemente imensuráveis quanto sua utopia: Dalmo de Abreu Dallari.
Ao organizar a Comissão Pontifícia de Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo, embrião de todas as Comissões de Direitos Humanos, os dois, Arms e Dallari colocaram no mesmo nível, perseguidos da Ditadura, opositores de caráter, discordantes do Regime Militar, a criminosos de alta periculosidade, tipo Genuíno, José Dirceu e Dilma, entre outros perseguidos da polícia.
Agora, sim. O tempero estava pronto! Porque o prato principal, o da atual situação de criminalidade, impunidade, imprestabilidade política foi criado há muitas décadas atrás. A partir da metade da década de 1920
João Pessoa, um cidadão sem escrúpulos, um assassino, típico “Coronelzão Nordestino” quando desejava algo que não era seu, não podendo ter, mandava matar o dono para apossar-se e, que, além da milícia Provinciana possuía milícia própria, um verdadeiro terror para quem discordasse dele, sobrinho do ex-Presidente Epitácio Pessoa. Só um homem na Província tinha coragem para enfrenta-lo e denunciar suas mazelas.  
João Duarte Dantas, apoiado que era pelos primos do próprio João Pessoa, a família Pessoa de Queirós de Pernambuco, nada satisfeita com as atitudes do imprestável parente, Presidente da Província da Paraíba.
Aliás, João Duarte Dantas causava tanto incômodo a João Pessoa, que este perseguiu toda a família Dantas,
de Franklin (Genitor de João) e mandou seus jagunços chamados de milícia, invadir o escritório de João Duarte Dantas e roubar toda documentação que pudessem, entre os pertences, uma caixa, contendo correspondências “quentes” de amor entre o Jornalista e sua noiva( agora esposa) Anaíde Beiriz, expondo-a publicamente a vergonha e ao ridículo. João Dantas jurou matá-lo pelo ultraje mesmo com a proteção de suas milícias.
Joao Pessoa mandou perseguir a família Dantas inteira. Invadiu residências, vários mortes. João Dantas fugiu para Olinda.
Enquanto se desenrolavam os acontecimentos particulares, Epitácio Pessoa, julgando-se dono do Brasil (assim como Getúlio e Lula), melindrado, por Washington Luiz ter escolhido Julio Prestes candidato a sua sucessão, sem consulta-lo, juntou-se ao inexpressivo político com ideais fascistas, Getúlio Vargas, que estivera envolvido em Minas Gerais (Ouro Preto), junto com os irmãos no assassinato de um estudante paulista  Carlos de Almeida Prado Jr. em 07 de junho de 1897 e tiveram que fugir da Provincia de Minas Gerais e, também falsificador, já havia falsificado sua data de nascimento a época demonstrando que, no quer que se formasse, só poderia ser político,  lançou Epitácio Pessoa a chapa de oposição: Vargas para presidente, João Pessoa para vice. Como podem ver, uma chapa formada por gente de caráter excepcional !!!(???).
Tomaram uma tunda histórica.  Na base de 1000 votos por 1. Os três: Epitácio, Vargas e João Pessoa, estariam na lata do lixo de nossa história, não houvesse o desenrolar dos fatos da Província da Paraiba. Getúlio Vargas e João Pessoa assim como o Partido desapareceriam e jamais seriam lembrados.
O Comando político do Nordeste agora passara a Pernambuco, João Pessoa dirigiu-se a Recife para definir seu futuro (agora sem nenhuma perspetiva) com a desculpa de visitar um velho amigo doente. Na realidade tentava resgatar o que lhe restara de sua sórdida vida política e pessoal.
João Duarte Dantas ficou sabendo e foi ao seu encontro cumprindo seu juramento:
-"João Pessoa, sou Dr. João Duarte Dantas, a quem tanto injuriaste e ofendeste" - e isto lhe dizendo, por três vezes lhe descarregou a arma, para ele amiga, porque lhe pareceu que, naqueles disparos que o fizeram tombar, caia também o peso da inclemência que tanto o oprimia, e assim tinha, novamente, limpa a sua honra que, ignobilmente, fora tantas vezes ultrajada."

Na Parte III contarei o desenrolar dos acontecimentos porque o Brasil e o Mundo, precisam saber a verdade dos fatos.

Ora, Bolas!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário