segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Catástrofe Nacional.

Boa noite!!!

Volto a escrever em um péssimo momento nacional.
Esperava contar como e porque não assisti a festa de posse de D. Dilma, que fiz uma breve visita ao Pronto socorro, em Santos e que aproveitei esses dias para ver meus filhos e netos. Talvez, comentasse o início das palhaçadas do Sr. Tiririca ou o absurdo aumento de salário do Sr. Lula (133%) para um País que não tem competência para aumentar 6% no salário mínimo. Enfim,coisas que para população obtusa, tornaram-se amenas no nosso dia-a-dia. Amenas para época pós festejos Natalinos e de passagem de ano.
Vão ficar para o próximo comentário.
Um espetáculo dantesco, as enxurradas em todo País,as perdas de vida às centenas, a dor dos enterros coletivos, levam-me a reflexões mais profundas e, exigem meu comentário mais ácido.
Primeiro, porque disse em comentário anterior, que não votei em D. Dilma e que sinceramente, pelo bem do País, torcia por um bom e sério Governo.
Parece que enganei-me, ou foi um desvio de trajeto. Um escorregão. A falácia começou antes que pudesse imaginar. Afinal, como dizia minha avó: - "O uso do cachimbo deixa a boca torta".
Um trabalhador não merece, por ter votado em governos demagogos, a morar no morro, em área de risco e lá criar seus filhos. O Brasil não possui um programa habitacional. A Caixa Econômica Federal como sucessora do BNH, destruído por Sarnei (pra mim é verbo) e mentor da política habitacional é um embuste. Primeiro por que está mais interessada em favorecer grandes clientes que investir em pequenos. Duvida? Já tentou alguma vez abrir conta na CEF? Se você é autônomo ou Microempresário é mais fácil abrir uma conta no Banco Real ou no Bradesco. Sem conta, não há financiamento. Sem financiamento não há casa própria. Ora, o trabalhador merece mais que palafitas, ou de ajuda oficial quando perde o pouco que conquistou com sacrifício próprio e sem nenhum apoio do Governo, embora, pague impostos sobre os alimentos, vestuário, condução e, até sobre a cervejinha, afinal ninguém é de ferro, tenha ajudado a sustentar todos os Governantes. Agora me vem D. Dilma, com a falácia do PT, dizer que a culpa é dos governos anteriores. Lembre, D. Dilma que dos últimos dezesseis anos, oito a senhora fez parte. O que a senhora e o Sr. Lula fizeram para tirar as famílias das áreas de risco?
Em que foi aplicado os dois trilhões de dívida pública que se tem notícia? Quantas casas populares foram construídas nos oito anos do governo do seu partido e, porque não foi denunciado o descaso dos oito anos do governo anterior? Se houve descaso no governo anterior, porque a senhora como chefe da casa civil não tomou providências?
Os menos avisados poderão dizer: -"Seria impossível alguém evitar o acontecimento motivado pela Natureza". Engano. Se o Trabalhador do Brasil fosse tratado com mais dignidade e menos demagogia barata, não precisaria encarapitar-se nos morros ou a beira de riachos em palafitas.Trabalhador não é sapo e nem cabrito montês. Deve ser tratado com respeito, ainda que não consiga discernir o que é ser tratado com respeito ou ser enganado por demagogos. Trabalhador, não precisa de esmola na catástrofe. Precisa respeito em qualquer tempo.

Ou desperto este País, ou o perigo que espreita no horizonte será inevitável.

Ora, Bolas.

4 comentários:

  1. Realmente este é um problema de todos os governos. Todos. E não deste ou daquele governo já que é um problema que se arrasta a anos. É um problema que do qual Dilma, Lula, FHC, Itamar, Collor, Sarney, Figueiredo, e por aí vai, fazem parte, já que existem registros de ocupação dos morros cariocas desde 1860.
    Mas existe um outro grande problema que se repete todo ano e que merece ser citado também. Os alagamentos na cidade de São Paulo e alguns comentários feitos pelos políticos dessa cidade e desse estado. Após mais um alagamento, vi uma entrevista conjunta do Sr. Kassab juntamente com o nosso governador Alckmin, em que o prefeito dizia que os efeitos das chuvas foram minimizados pelas obras que fez ano passado. Foram minimizados onde? Na residência dele? Centenas de pessoas entrevistadas repetiram que todos os anos perdem móveis, que todo ano é a mesma coisa. Então mudou pra quem a situação? Fantástico o Sr. Alckmin comentando também que fará o desassoreamento das margens do Rio Pinheiro e do Rio Tietê para resolver os problemas das enchentes da cidade. Fantástico! Mas... O Sr. Alckmin ficou 5 anos no poder, o PSDB 15 anos, e agora descobriram que precisa desassorear os rios para acabar com as enchentes??? Que como disse o próprio governador, é lá que todos os rios da cidade deságuam? Ainda bem que em 15 anos descobriu-se os problemas das enchentes e a parte que cabe ao estado. Fico feliz que de 15 em 15 anos resolva-se um grande problema no estado. nesse ritmo em quem sabe mais uns 500 anos consiga-se resolver todos os problemas daqui.

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  2. Mauro.
    Dois problemas distintos com providências diferenciadas. O BNH extinto pelo Sr. Sarnei(pra mim é verbo) em 1986 deixa o Presidente Figueredo fora dessa lista. Em seu tempo o BNH não só existia como funcionava muito bem. Muitas favelas extintas alardeadas como obras de Maluf e outros governadores, só foram concretizadas graças aos investimentos do BNH. Os trabalhadores tinham acesso a moradia sem os juros abusivos da CEF. Não era uma Estatal destinada a cabide de emprego para correligionários de partido. Com o término do BNH, favelas foram criadas pelo Brasil todo, somando-se as remanescentes e,com a facilidade que facções políticas ligam demagógicamente água, luz e colocam transportes nestas áreas de risco, a tendência de aumentar esse risco é maior.
    Em artigo anterior tratei deste assunto incluindo o EMPRESÁRIO DA FAVELA.
    Quanto as enchentes que se dão nas partes mais baixas das grandes cidades, um assunto que também já foi aqui tratado e ainda voltarei a êle, é um assunto diferenciado. Aguarde.
    Um forte abraço

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  3. Não tem como deixar Figueiredo e presidentes anteriores fora dessa lista, pois se já existiam registros de favelas desde antes de 1900 é lógico que mesmo existindo o BNH, era ineficaz, no sentido de que não conseguia suprir a quantidade de casas necessárias a retirar esse povo que lá morava. A não ser que naquela época existisse um pacto dos presidentes militares com São Pedro, de que enquanto existisse BNH ele não soterraria qualquer cabrito montês que lá morasse na época sob risco do santo ir parar em um dos porões da ditadura para ser devidamente doutrinado. Também entendo que tem gente que naquela época morava no morro e preferia morar lá. Mas assim como naquela época, existem muitos moradores dos morros que também não querem sair de lá por nada. O ser humano, em sua maioria não é nômade, cria raízes onde mora, e não gosta de mudar de onde tem suas raízes, salvo em caso de extrema necessidade. Também acho complicado ligar a criações de favelas a facções políticas porque favelas foram criadas aos montes em qualquer época sob qualquer administração e em época de eleição obtiveram vantagens em troca de votos. Isso sempre ocorreu!

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  4. Mauro.Boa noite!!!
    A primeira favela que se tem conhecimento em S.Paulo, foi a do Vergueiro. Seu início data de 1958. Não querendo criar polêmica quando o Sr Figueredo foi Presidente da República, havia uma estrutura habitacional. Era o início da erradicação de favelas. Até 1985 construídas ou financiadas, 3,4 milhões de unidades habitacionais para familias que comportavam renda acima de cinco salários mínimos e mais 510.577 unidades para familias de tres a cinco salários mínimos. Ocorre que aqueles que não trabalhavam e viviam construindo favelas(viviam disso), organizados pelos pelegos sindicais, politiqueiros e ëmpresários da favela", passaram a invadir conjuntos em termino de construção, antes de entregues aos seus legítimos donos. para você ter ideia foram invadidos os conjuntos: Malvinas, Celi/Araçás, Dom Avelar, Joanes Centro Oeste, Mangueira II, São João de Plataforma, Águas Claras, Areal de Amaralina, Bate Coração, Boiadeiro, Bonocô, Calabetão, Cajazeira, Castelo Branco, Cidade Nova, Conjunto Doron, Davi Mendes, Ernesto Simões, Iolanda Pires, Mata Escura, Matadouro, Matatu/CSU, Mirante do Bonfim, Mudança, Mussurunga, Nova Constituinte, Nova República, Nova Sussuarana, Palácio de Ondina, Pirajá, Praça de Periperi, San Martin, Santa Mônica, São Cristóvão, Terra Para Todos, Vale das Pedrinhas, Vice-Governadoria, Vibemsa e Vila Paraíso. Realmente não tinha como continuar um projeto Habitacional, após a pelegada e petralhada invadir o que pertecia a terceiros. O que atrapalha o País, seja o Plano que for são esses comunistóides de fancaria, que sobrevivem na favela e na política as custas de incautos

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